A maneira como as novas gerações encaram o mercado profissional é consideravelmente distinta daquela que os mais antigos enxergam. E não há qualquer juízo de valor nessa afirmação: independentemente do ponto de vista, mudanças geracionais são uma realidade.
Logo, saber o que é Quiet Ambition e como este conceito pode impactar a sucessão nas empresas é uma tarefa para o time de Recursos Humanos. Por isso, reunimos uma série de informações úteis. Vamos lá!?
Não é à toa que assuntos como a síndrome de burnout ganharam espaço no mercado de trabalho em tempos recentes. Enquanto outras gerações priorizavam o sucesso profissional acima de qualquer coisa, novos colaboradores dão espaço para a saúde mental.
Essa nova maneira de enxergar o trabalho e a remuneração, tentando equilibrar a ambição com o bem-estar, levou ao surgimento de alguns fenômenos. Dentre eles está a “Quiet Ambition”, atitude presente no mercado de trabalho e que vem ganhando notoriedade.
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Entenda o que é Quiet Ambition
Em tradução para o nosso idioma, o termo significa “ambição silenciosa”, o que dá sinais sobre o que representa, mas não o explica completamente o fenômeno. Trata-se de uma tendência de comportamento em que a vontade de conseguir cargos elevados de liderança não existe.
Se, para muitos, ser o gestor de uma equipe é algo a se almejar, na Quiet Ambition isso não acontece: os profissionais estão perfeitamente satisfeitos com as posições nas quais atuam. Estes rejeitam oportunidades e propostas para assumir cargos com mais atribuições.
Razões para a rejeição são variadas, mas no geral estão relacionadas com o distanciamento de posições em que o estresse no ambiente de trabalho seja elevado e as responsabilidades venham aliadas de maior pressão. O pagamento pode ser maior, mas ele não “compensa”.
Embora este comportamento já existisse no passado, ao entender o que é Quiet Ambition, vemos que ele só se tornou um fenômeno em tempos mais recentes, onde a priorização da saúde psicológica e da qualidade de vida vêm ganhando mais espaço. Isso, naturalmente, tem reflexos significativos para o mercado profissional.
Quais são as causas da Quiet Ambition?
Suponhamos que você seja um colaborador que recebe uma remuneração X para exercer uma função em que não lidera equipes, sendo responsável exclusivamente pelo próprio trabalho. Suas performances satisfatórias chamam a atenção de gestores e lhe é oferecida promoção.
O novo cargo vem aliado de uma remuneração 2X, mas por outro lado você trabalhará mais e assumirá mais responsabilidades, incluindo sob o trabalho de um grupo de liderados. Ao analisar os encargos, pode ser que não se sinta preparado para as tarefas e recusa a oportunidade.
Esse é um exemplo do que é Quiet Ambition e suas razões: ao analisar o presente e as perspectivas futuras, o colaborador opta por continuar na posição com a qual está satisfeito e onde sente que contribui positivamente para a condução dos trabalhos. Trata-se de uma decisão pessoal.
Outras razões incluem experiências negativas com lideranças prévias, necessidade (ou desejo) de mais tempo livre para o descanso e o lazer, desinteresse por liderar equipes, busca por trabalho com satisfação pessoal e propósito e mudança nas prioridades. A lista é bem ampla!
Qual é o impacto do fenômeno da Quiet Ambition para as empresas?
Ao analisar o comportamento a nível macro, um impacto principal se destaca: a ausência de novas lideranças. Com a aposentadoria de gestores mais antigos, diminuem-se as opções de novos líderes, já que profissionais qualificados e experientes recusam a posição.
Por mais que se entenda o que é Quiet Ambition e os seus motivos sejam compreensíveis, em algumas situações a evolução de cargos e tarefas é necessária quando há mudanças estruturais. Nesses casos, a rejeição de novas oportunidades pode “estagnar” uma carreira e ocasionar desligamentos.
Tudo isso leva organizações a reavaliarem suas políticas internas, considerando modelos de trabalho menos hierárquicos e mais horizontais, jornadas que priorizem o tempo livre e a conscientização sobre a saúde psicológica. É preciso mudar e evoluir junto com as gerações.
Como lidar com a Quiet Ambition no ambiente corporativo?
O primeiro pré-requisito é identificá-la: profissionais com essa disposição demonstram pouca proatividade, se recusam a assumir projetos que os desafiem, costumam não se manter atualizados e podem apresentar um histórico de burnout e similares.
A partir da identificação do que é Quiet Ambition, é interessante que a empresa se mova com o objetivo de formar novos líderes para planos de sucessão. O primeiro passo é a transformação de cargos de liderança em algo mais atrativo, com maior flexibilidade e uma jornada de trabalho reduzida.
Surge a necessidade da criação de planos de carreira que consideram desejos individuais, seja por uma rotina de trabalho híbrida (ou completamente remota) e remunerações competitivas. Tudo isso, é claro, levando em conta as soft skills e as hard skills do profissional almejado.
É preciso que as empresas evitem a generalização do fenômeno e sua relação com novos profissionais e que mantenham a comunicação transparente entre colaboradores e líderes. A proximidade pode ser suficiente para diminuir receios e mostrar os benefícios do crescimento.
Não importa se você enxerga o que é Quiet Ambition como tendo mudanças positivas ou negativas para as organizações, uma coisa é certa: há impactos. A partir dessa afirmação, vale a pena que as empresas trabalhem em prol de um ambiente profissional mais humano.
Ao aprender sobre este novo comportamento, algumas situações podem fugir do seu conhecimento. Aqui no Peixe 30 você pode investir em networking e trocar experiências com outros gestores, o que lhe ajudará a ver outras soluções para os problemas internos.
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