
Cada geração possui uma relação “única” com o mercado de trabalho, consequência de fatores sociais e valores de uma determinada época. E partindo desse princípio, saber o que é slow work torna-se importante para estar atualizado com as tendências atuais.
Os millennials, por exemplo, valorizavam o trabalho com propósito, aquele onde sentem que fazem a diferença. A geração Z (a mais jovem atualmente no mercado de trabalho), por outro lado, prioriza o bem-estar psicológico e físico acima de qualquer outro elemento.
Esse movimento surge em resposta às condições de trabalho cada vez mais precárias e a triste prevalência do “burnout”. O contexto serve para compreendermos como o “slow work” (ou “slow working”) surgiu, sendo uma das inúmeras respostas da geração Z às práticas abusivas de alguns setores.
E nesse artigo, vamos falar o que o movimento é, como surgiu e quais são suas vantagens para os indivíduos. Leia com atenção!
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Entenda o que é slow work
Mesmo as organizações mais tradicionais já se deram conta de que “muito” não é sinônimo de “melhor”. Isto é: trabalhar por mais tempo não necessariamente significa que os resultados das performances serão mais satisfatórios. A qualidade deve sempre ficar acima da quantidade.
Esse é exatamente o preceito do que é slow work: construir uma rotina e ambiente de trabalho mais sustentáveis, onde profissionais não se sentem esgotados o tempo todo. Com isso, o que se consegue são entregas de maior qualidade, o que tem impactos positivos diretos à empresa.
Ou seja: o slow work não se mostra como antagônico ao crescimento das empresas, mas como uma alternativa para manter esse progresso sem que a saúde física e psicológica dos profissionais seja o “preço” pago. Com isso, consegue-se um aumento da produtividade de forma saudável.
Como o slow work surgiu?
O conceito tem suas raízes ainda nos anos 1980, a partir de uma filosofia de vida que respeitava o tempo natural das coisas, o “slow movement”. Princípios como sustentabilidade e respeito aos limites humanos são os pilares deste movimento e, como consequência, do slow work.
Na atualidade, entender o que é slow working aparece ao lado de outros conceitos, como o “lazy job”, os quais priorizam a pessoa acima do trabalho que ela executa. Como é possível deduzir, as filosofias não são totalmente aceitas por espaços “old school”.
A filosofia do slow movement vem observando seus resultados na prática, com empresas que adotam esses conceitos tendo maior sucesso. Consequências como menor taxa de turnover, um melhor clima organizacional e trabalhos de qualidade são atribuídas às novas tendências.
Quais são os benefícios do slow work para os profissionais?
Já mencionamos algumas vantagens para as empresas, mas e quanto aos pontos positivos para os profissionais? São muitos, os quais, vale reforçar, não são antagônicos às organizações. Selecionamos 5 entre os mais relevantes ao momento.
1 – Diminuição de estresses e maior qualidade de vida
Em um mercado de trabalho incessante, o estresse parece um elemento natural. A verdade é que ele não deve ser! Problemas acontecem e é normal ter um dia mais difícil no ambiente profissional, mas esse não é o status quo. O slow work vem para focar na qualidade do que é entregue.
2 – Possibilidade de se aprofundar em uma tarefa e aprender mais
Se já teve uma rotina de trabalho corrida, com certeza, pode atestar o fato de que, no fim do dia, as tarefas não passam de um borrão. Você fez um monte de coisas, mas é provável que tenha retido poucas informações e aprendido pouco, o que é péssimo para atividades futuras.
Ao entender o que é slow work e colocá-lo em prática, verá que ele proporciona a chance de se aprofundar em uma tarefa e aproveitar melhor o que ela oferece. Com isso, é possível adquirir experiência no espaço profissional onde atua. Elementos como atenção aos detalhes e projetos de qualidade são consequências naturais.
3 – Maior disposição para agregar outras atividades
Uma parte considerável dos profissionais gostaria de se aprimorar em sua área, mas não tem tempo hábil para isso em uma rotina de trabalho corrida. Ao entender o que é slow work, há a chance de realizar cursos, comparecer a palestras, participar de workshops e continuar se aprimorando.
4 – Melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
É no mínimo injusto dizer que “todo mundo tem as mesmas 24 horas do dia”. É necessário considerar aspectos que fogem ao controle dos indivíduos, como a ajuda (ou não) com tarefas de casa, deslocamento, dependentes e até o desejo de continuar aprendendo.
Uma forma de entender o que é slow work é que o conceito tenta diminuir os impactos dessa disparidade, contribuindo para um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Isso também melhora as relações interpessoais com os colegas de trabalho, já que um ambiente mais calmo alimenta as interações significativas.
5 – Autonomia e flexibilidade na realização dos trabalhos
Ao se aprofundar no conceito, verá que ele não é sinônimo de trabalhos remotos ou híbridos, mas com frequência aparece ao lado destes, considerando valores compartilhados, como a maior autonomia e flexibilidade na realização das atividades cotidianas. Nesse ponto, “ganha” a empresa e seus profissionais.
Converse com o seu gestor e leve este conceito para o time de RH. Todos podem ganhar com a implementação dele dentro da organização.
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