Nenhuma organização contrata um novo colaborador pensando no fim da parceria, mas essa é uma parte dos processos que não pode ser ignorada. Independentemente dos motivos que levem ao desligamento, o tempo que o funcionário dedicou à empresa merece ser valorizado.
Por isso, saber como fazer uma demissão humanizada torna-se essencial para qualquer profissional de RH e a atitude melhora a imagem da empresa para recrutamentos futuros.
E aqui não falamos exclusivamente dos direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas de normas internas que destacam o bem-estar psicológico dos colaboradores. No fim das contas, a demissão tem impactos notáveis na vida do profissional.
É aqui que chegamos ao conceito de “demissão humanizada”, termo que surgiu nos anos 1960, mas ainda luta para ganhar espaço nos ambientes empresariais. Em tempos pós-pandêmicos, a maior preocupação em desligar funcionários de maneira amigável o retomou.
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O que é a demissão humanizada?
Quando o assunto é humanizar as relações profissionais, isso envolve também um cuidado no processo de desligamento dos funcionários. Ou seja, a demissão humanizada é aquela feita de forma ética e respeitosa. Nela, a empresa foca em minimizar os impactos do rompimento, sem criar um clima desagradável.
A palavra de ordem, nesse caso, é “empatia”. Para isso, é preciso que a empresa e profissionais do RH não vejam o colaborador como apenas um número, mas como um indivíduo com qualidades e expertise únicas no trabalho, individualmente ou em equipe.
Antes de saber como fazer uma demissão humanizada, você deve entender que seu objetivo deve ser reduzir os impactos negativos desse desligamento, a partir de uma comunicação transparente e receptiva.
O estresse é inevitável durante esse tipo de situação, mas com o uso de estratégias corretas, é possível reduzir esse sentimento.
Como fazer uma demissão humanizada?
Depois de compreender o que é, precisamos saber como aplicá-la na rotina da empresa. Para isso, separamos uma lista com 6 itens que devem ser seguidos, priorizando sempre o bem-estar psicológico dos colaboradores e o cuidado com a relação entre as partes.
1 – Forneça orientações trabalhistas claras
Toda demissão traz consigo alguma burocracia, a qual pode ser desagradável para o profissional que acabou de ser desligado. Embora essas responsabilidades não possam ser repassadas, elas podem ser mitigadas a partir de orientações trabalhistas claras e objetivas.
Ao aprender como fazer uma demissão humanizada, explique ao colaborador quais são as próximas etapas do desligamento, qual o papel da empresa e o que ele deve fazer. A ideia é tirar um pouco do “peso” do momento, orientando-o e o guiando até o momento em que o processo se conclua.
2 – Priorize o sigilo e a discrição
Esse é um assunto que envolve exclusivamente o profissional e o setor de RH que irá lidar com a questão. Isso significa que o caso não deve ser compartilhado com outros colaboradores, especialmente quanto ao motivo da demissão.
É imprescindível que seja marcada uma reunião individual, em espaço tranquilo. Se possível, não deixe uma janela muito grande entre o momento em que marcar a conversa e quando ela irá acontecer. Essa dica de como fazer uma demissão humanizada ajuda a reduzir a ansiedade do colaborador.
3 – Se possível, ofereça referências
Existem situações, como a demissão por justa causa, em que o oferecimento de referências não é possível, mas esses casos são uma minoria. Na maioria das vezes, é perfeitamente possível finalizar o relacionamento entre empresa e profissional com um apoio mais prático.
Referências ajudam o profissional a se restabelecer no mercado e diminuem o impacto da demissão. Isso é especialmente válido quando o desligado é alguém que entregou trabalhos de qualidade e contribuiu para o crescimento da organização.
4 – Seja transparente sobre os motivos do desligamento
Um dos primeiros questionamentos que surgem na cabeça do profissional sendo desligado é: “por quê?”. Toda demissão precisa de um motivo para acontecer, mesmo se a razão em questão for algo que não estava sob o controle do colaborador. Se faz necessário a conversa.
Sendo assim, se quiser saber como fazer uma demissão humanizada, a razão deve ser dada de maneira transparente e honesta, com respeito, mas sem eufemismos. É claro que a resposta por parte do colaborador nem sempre é positiva no momento, mas isso é valorizado a longo prazo e ajuda a manter o respeito entre as partes.
5 – Flexibilize os benefícios de saúde
Em um dos parágrafos iniciais sobre como fazer uma demissão humanizada, mencionamos a saúde mental dos colaboradores, o que tem impacto direto neste item. Esse momento é um em que o indivíduo se sente fragilizado e pode precisar de apoio psicológico, ou mesmo para a parte física.
Uma empresa que aplica o conceito humanizado considera a flexibilização dos benefícios de saúde, com um desligamento gradual deste elemento. Quanto mais amparado o colaborador for durante o período pós-demissão, mais rapidamente ele se reerguerá.
6 – Estenda a empatia para todos os processos internos
A demissão humanizada não é um ato único que começa e termina com ações mencionadas nesta lista. Dê início a um movimento de valores, os quais devem ser aplicados em outros processos internos. A empatia precisa ser um alicerce.
Por fim, não basta saber como fazer uma demissão humanizada se não entender que ela tem reflexos positivos tanto para os profissionais quanto para a organização. O espaço de trabalho deve ser um ambiente receptivo, onde colaboradores se sentem bem e sabem que estarão amparados. Os resultados são valiosos!
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