Antifrágil foi um conceito criado pelo libanês Nassim Nicholas Taleb. Ele se trata literalmente de ser o oposto de frágil, ou seja, aquilo que se constrói diante da adversidade. Nesse texto você irá aprender tudo sobre como ser antifrágil e o porquê de implantar esse conceito na sua empresa.
O que você encontrará nesse texto:
- O que é antifrágil?
- De onde veio esse conceito?
- O livro da antifragilidade
- Para que serve a antifragilidade?
- Resiliência X Antifragilidade
- Como aplicar a antifragilidade na sua vida profissional?
- Antifragilidade na performance das empresas
- Tem como ser antifrágil fora da empresa?
O que é antifrágil?
Ser antifrágil significa ser exatamente o oposto de frágil. Algo frágil é algo que se quebra diante da adversidade. No caso, adversidade é qualquer situação para a qual esse algo não estava preparado.
Assim, antifrágil é o que se constrói diante da adversidade, ou seja, quando ele está em uma situação para a qual não foi preparado, se reinventa e melhora.
Pessoas antifrágeis não resolvem seus problemas simplesmente reagindo a eles. Elas aceitam que aquela situação adversa aconteceu e tentam entender porque aconteceu. Depois disso, tomam uma atitude.
Assim, é importante não confundir pessoas antifrágeis com reativas. A postura antifrágil envolve mais proatividade e consciência do que a simples reatividade.
Em última análise, ser antifrágil significa aceitar que imprevistos sempre acontecerão por mais que você se prepare para eles. O que importa é a forma como irá lidar com essas situações e o que aprender com elas para se preparar ainda melhor na próxima vez.
De onde veio esse conceito?
O criador do conceito foi o escritor, professor e investidor líbano-americano: Nassim Nicholas Taleb. Professor no Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, sua especialidade é em análise de probabilidades e de riscos.
Ele ganhou muito destaque nos anos 2000 ao prever a Crise dos Subprimes, mais conhecida como Crise de 2008. Como o Mercado Financeiro é um dos ambientes mais voláteis que existem, também é uma ótima forma de treinar a sua antifragilidade.
Escreveu dois livros antes de consolidar o conceito. São eles:
- Iludido Pelo Acaso: A Influência Oculta da Sorte nos Mercados e na Vida (2004)
- A Lógica do Cisne Negro (2007)
Neste último, o autor fala de oportunidades e riscos que trazem grandes e imprevisíveis eventos. É nele que foram criadas as bases para a teoria da antifragilidade.
O livro da antifragilidade
Em “A Lógica do Cisne Negro”, Taleb compara o dito cisne com todos os eventos imprevisíveis do mundo.
Quando surgiu na Austrália pela primeira vez, o Cisne Negro foi visto como algo inexplicável. Por isso, Taleb usou essa analogia para dissertar sobre os fatores imponderáveis que simplesmente podem acontecer na nossa vida sem aviso prévio. Para um acontecimento se encaixar nessa descrição ele precisa:
- Ser imprevisível
- Ser impactante
- Deixar algum aprendizado
Dessa obra surgiu uma “continuação”. O seu best-seller: Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos.
Nessa obra ele fala de como o indesejado pode ser positivo. Ele também fala que ser forte e resiliente não significa não ser frágil, porque o verdadeiro oposto de fragilidade é a antifragilidade.
Para que serve a antifragilidade?
Vamos a um exemplo bem atual para responder a essa pergunta. Quem poderia prever a pandemia da Covid-19 que causou sérias repercussões na economia mundial? Além das quase um milhão de vítimas pelo mundo.
É verdade que coisas horríveis aconteceram e continuarão acontecendo por causa dela, mas também que o home office foi pesadamente instalado pelos empresários e o mercado de ações foi aquecido por causa da queda de preço dos ativos.
A expressão do momento é “novo normal”. Ela traduz muito bem o que é o conceito base da antifragilidade. Significa entender que coisas ruins e imprevisíveis acontecem. Muitas delas não terão uma solução rápida ou às vezes nunca terão uma solução definitiva.
O melhor que se pode fazer é aceitar e tentar se adaptar a isso o mais rápido possível.
Outro exemplo foi um investidor usou os efeitos da Crise dos Subprimes para multiplicar o seu patrimônio.
Claro que é arriscado usar um cenário completamente imprevisível como trampolim para o sucesso, mas essa é uma virtude dos antifrágeis. Eles se dispõem ao risco e quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno.
Isso é dito pelo próprio Taleb no seu livro mais recente: “Arriscando a própria pele: Assimetrias ocultas no cotidiano” (2018).
Ou seja, o conceito de antifrágil serve para aprender a lidar com riscos. Como vários princípios que ajudam a encarar essas situações como oportunidades.
Resiliência X Antifragilidade
A diferença entre essas duas posturas é que ser antifrágil envolve muito mais racionalidade do que ser resiliente.
A resiliência é a persistência pela persistência. Ou seja, você pode tomar vários impactos, mas continua em busca dos seus objetivos. O problema disso, é que esse valor se aproxima demasiadamente da teimosia.
A antifragilidade possui essa parte da persistência também, porém muito mais pensada e enriquecedora. Para explicar melhor vamos a uma analogia.
Você precisa chegar à sua casa, mas no caminho colocaram um muro. Se você for simplesmente resiliente irá continuar simplesmente tentando atravessar o muro e talvez até consiga.
Porém, se você for antifrágil, você não apenas conseguirá passar pelo muro, mas no processo irá aprender porque aquele muro existe, o que ele está fazendo ali, quem o fez, como e talvez até de qual material são os seus tijolos.
Resumindo, o resiliente fica batendo contra todas as paredes que encontra, enquanto o antifrágil busca entender as nuances dessas paredes para encontrar uma rota mais rápida e fácil.
Como aplicar a antifragilidade na sua vida profissional?
A antifragilidade já deve ter se provado ao longo desse texto como a melhor forma de lidar com imprevistos, afinal, a sua definição principal é abraçar o imprevisto. E o que mais acontece na rotina de uma empresa? Imprevistos, claro!
Ser antifrágil se trata de aceitar que a realidade quase nunca é como gostaríamos, então temos que lidar com como ela é. Ao assumir essa postura os desafios impossíveis de antes se tornam até estimulantes.
Micro empreendedores (sejam negócios individuais ou familiares) precisam de uma postura antifrágil, pois estão suscetíveis a constantes imprevistos. Contudo, apesar de arriscado, empreender é uma atitude que traz muito aprendizado, além de independência.
Antifragilidade na performance das empresas
Ser antifrágil exige certo grau de autonomia e capacidade de tomar decisões. Ou seja, ela abarca mais os líderes. Como a essência dela é fornecer respostas para situações imprevistas, então serve como para tomada de decisões difíceis. Por isso, aqui vão algumas sugestões para tomar decisões nessa condições.
- Procure receber e dar feedbacks constantes.
- Aja mesmo temendo os erros.
- Se tudo estiver calmo e tranquilo demais, desconfie!
- Não se deixe intimidar por nada que aconteça.
- Use os desafios pelos quais está passando para aprender.
- Nunca adie a resolução de um problema.
Tem como ser antifrágil fora da empresa?
Claro que sim! A antifragilidade pode te ajudar com relacionamentos, questões financeiras, amadurecimento pessoal, entre outras coisas. Só precisa criar essa cultura de tentar achar algo positivo nas dificuldades.
Não é exatamente ser otimista, mas se dispor a olhar por outra perspectiva. Uma mais ativa. Para te ajudar, aqui vão 7 dicas para se tornar antifrágil.
- Siga com suas ideias um passo de cada vez. Elas podem parecer ruins no começo, mas talvez só precisem amadurecer. E se realmente forem ruins, reinvente-as.
- Pergunte a pessoas próximas e confiáveis sobre derrotas que você sofreu. Pode vir algum aprendizado daí.
- Impulsione sua inventividade limitando a si mesmo. Se está pensando em um projeto que vai precisar de 100 mil reais para acontecer, tente pensar em uma forma de fazê-lo funcionar com 50 mil.
- Seja rápido ao desenvolver suas ideias. Se o mercado (a empresa em que você trabalha) decidir usá-la prematuramente as chances de falha aumentam e o ônus poderá cair sobre você.
- Não pense só no dinheiro. Essa é uma motivação muito simples. Ser antifrágil pede objetivos maiores.
- Tenha inúmeros planos reservas caso o principal falhe.
- Participe de projetos que te agreguem aprendizado.
Por fim, esperamos que esse artigo sobre como ser antifrágil tenha sido útil a você. Já está pensando em como implantar isso na sua empresa ou na sua vida? Então vamos te dar uma outra recomendação. Baixe o app do Peixe 30!
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