Uma marca dos novos profissionais que vêm se juntando ao mercado de trabalho, em geral parte da geração Z, é a preocupação com a saúde psicológica. Passados são os tempos em que trabalhadores adoeciam quietos e cumpriam as tarefas, mesmo com inúmeros problemas.
Cientistas aprofundaram seus estudos em diversos problemas contemporâneos que impactam os ambientes corporativos. Com base nestas avaliações, convém explicar o que é Burn On e orientar os profissionais do RH sobre formas de como lidar com esse problema na empresa.
Com as recentes mudanças provocadas pela Covid-19 e a entrada da geração Z no mercado de trabalho, vários fenômenos que já existiam, mas que não tinham uma classificação, passaram a ser estudados e definidos. A síndrome de burnout, por exemplo, se tornou um assunto de conhecimento coletivo nos últimos anos.
O “Burn On”, assunto sobre o qual vamos abordar neste texto, segue uma trajetória similar, sendo um fenômeno identificado apenas em tempos recentes. Ele faz parte das tendências de cuidado com a saúde psicológica dos colaboradores de uma empresa dentro e fora do seu local de trabalho.
Ao contrário de sua “prima” mais conhecida, a síndrome ainda não é amplamente difundida, parcialmente porque “esconder” sintomas faz parte do seu quadro geral. Compreender o conceito de Burn On e o que fazer para evitá-lo é imperativo para as organizações.
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Entenda o que é Burn On
A maneira mais eficaz de caracterizá-la é comparando-a ao burnout. Na síndrome mais conhecida, o profissional sente-se exausto pelo excesso de tarefas no trabalho, o que resulta no estresse mental, no esgotamento físico e na inabilidade de continuar trabalhando.
Essa última característica é o que ajuda a diferenciar o que é Burn On e burnout: enquanto, no segundo caso, o esgotamento acaba eventualmente se tornando perceptível, profissionais com a síndrome de Burn On continuam trabalhando, mascarando sentimentos e seguindo em frente.
Naturalmente, os prejuízos para a saúde física e psicológica do colaborador são evidentes, o que também impacta seus colegas. Um dos sintomas mais comuns é a falta de socialização fora do ambiente de trabalho, já que a vida pessoal é completamente preterida.
A síndrome ocorre pelo excesso de trabalho, aliado ao sentimento de que não se faz o suficiente. Há vergonha e culpa, mas também disposição para ajudar outros. Por essa razão, identificar o Burn On é uma tarefa muito mais difícil quando comparada com burnout.
Quais são as causas do Burn On?
A síndrome é causada principalmente pelo excesso, o que tem relação com jornadas longas e/ou a ausência de horários fixos para trabalhar. Por conta disso, áreas de cuidados com outros, como enfermagem e medicina, têm uma alta incidência do problema.
Embora as pessoas afetadas continuem trabalhando, a qualidade das entregas decai, o que é um dos poucos sinais evidentes. Este é um dos fatores que reforçam a importância de saber o que é Burn On e aprender como detectá-lo nas organizações.
Há a presença de irritabilidade, problemas para se concentrar, desinteresse por assuntos que não envolvam o trabalho e, é claro, o cansaço.
Por se tratar de um fenômeno mascarado, onde os profissionais afetados escondem suas insatisfações, o diagnóstico é difícil. É preciso que exista um trabalho de conscientização para que os próprios indivíduos percebam quando estão apresentando os sintomas de Burn On.
O mais recomendado é que, antes mesmo de se tornar um problema para uma empresa, a organização trabalhe com a intenção de prevenir a aparição da síndrome entre colaboradores. A maneira de fazer isso é bastante similar aos cuidados com o burnout, o que vale explorar.
Como as empresas devem evitar o Burn On?
Como explorado até aqui, ao saber o que é Burn On, você pode ter percebido que a síndrome tem impactos negativos não apenas para os indivíduos acometidos, mas também para as empresas nas quais eles atuam. A partir dessa observação prática, as organizações devem trabalhar para reduzir a ocorrência do fenômeno. Mas como fazer isso?
1 – Estabelecimento de horários fixos
Trabalhar em um ritmo próprio é interessante para muitas pessoas, mas pode ser a porta de entrada para o Burn On, já que se perde a distinção entre “tempo de trabalho” e “de lazer”. As organizações devem estabelecer horários fixos e não permitir jornadas adicionais.
2 – Limite de atribuições e prazos confortáveis
Não é porque um profissional é competente e ágil que ele deve ser “recompensado” com mais trabalho. Empresas precisam impor limites para atribuições, considerando o que cada um é capaz de concluir com qualidade. Prazos devem ser flexibilizados e considerar imprevistos.
3 – Incentivo aos cuidados com a saúde psicológica
É dever da organização disponibilizar uma rede de apoio para os profissionais que compõem suas equipes, com auxílio médico e psicológico amplamente disponível. Campanhas para a conscientização sobre o que é Burn On devem vir aliadas de medidas que priorizem a saúde de todos.
4 – Mudança em culturas organizacionais ultracompetitivas
Uma empresa que prioriza o lucro e a competitividade acima de qualquer coisa é o ambiente perfeito para a proliferação de casos de Burn On e burnout. Deve-se ficar atento para os valores pregados e exercidos pela organização e a maneira como os colaboradores interagem.
Quando há preocupação genuína com o bem-estar físico e psicológico dos colaboradores, e ao buscar entender o que é Burn On, a síndrome deixa de ser um fenômeno e se torna uma anomalia, capaz de ser identificada e corrigida (à nível individual e organizacional). Com esse cuidado, a empresa se fortalece.
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